Tínhamos um bom time. Pastel era o goleiro, um pouco desajeitado, magro e grandalhão, mas assustava pelos seus carrinhos “na bola”. O Lucas jogava na zaga, estilo xerifão, ganhava no grito e no empurrão. Batatinha era um lateral esquerdo de qualidade e tinha um cruzamento certeiro, mas era um pouco lento devido a um atropelamento sofrido (neste triste episódio, além de um pedaço de melancia que comia perdeu também um boné da Kawasaki Ninja... Ele adorava aquele boné). O Pecê era daqueles que não sabia se era destro ou canhoto, na dúvida não escolheu coisa alguma e mal parava em pé, mas era amigo, tinha que participar. Máquina não é nome de gente, mas é como a gente chamava um meio campo de estilo argentino, só parava quando anoitecia. O Renanzinho tinha saído da vizinhança, mas aparecia nos fins de semana para os jogos, era um pouco pequeno e magrinho, mas habilidoso e sabia fugir das pancadas como ninguém. Acho que no ataque jogava o Antônio, meu irmão, não lembro direito, mas a carreira dele foi curta, magrinho e veloz era alvo certo dos inimigos. Eu não sei bem em que posição eu jogava, mas era titular. Não era bem veloz, também não era muito habilidoso, muito menos eficiente na bola aérea. Mas era participativo e se não me falha a memória a bola era minha.
O tradicional oponente, da vila de cima, era comandado pelo Chapolim e pelo Xalex. Adversário bem organizado, até treinador aparecia de vez em quando.
Bom... está anoitecendo e o jogo tem que acabar por hoje.
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