Uma das importantes contribuições de Paulo Freire é em relação a tomada de consciência de que a educação é ideológica, pois como educador, não podemos ser neutros, a prática exige uma definição, uma tomada de posição, uma escolha entre isto e aquilo. Enfim, nos dá o exemplo: afinal, minha presença no mundo não é a de quem a ele se adapta mas a de quem nele se insere. É a disposição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também da História. (FREIRE, 1996. pg. 54)
Adequada é a idéia que o passado deve ser sempre problematizado a partir de questões que nos preocupam no presente, caso contrário estudar o passado pode ficar sem sentido. Sendo assim, durante a aula de história, é apropriado o estabelecimento de um duplo compromisso: com o passado e com o presente (PINSKY & PINSKY, in KARNAL, 2004. pg. 23). Deste modo, o passado e a metodologia utilizada em seu ensino nas escolas devem fazer parte das problemáticas do cotidiano dos alunos e levar em conta sua diversidade cultural. Para isso vale lembrar que o professor tem como missão estabelecer articulação entre o patrimônio cultural da humanidade e o universo cultural do aluno.
Em função deste pensamento, é importante a idéia de Hilário Franco Junior de que a história do futebol não pode ser dissociada da história geral das civilizações (FRANCO JUNIOR, 2007, pg. 14). Então, a história da humanidade pode ser vista pelos gramados de futebol.
Acredito que o futebol é representativo da sociedade brasileira e dos seus significados, bem como de suas contradições. Em outras palavras, uma combinação de simbologias por meio das quais podemos estudar o Brasil.
Então, que tal questionar as questões que o futebol nos apresenta e bater uma bolinha nas salas de aula?
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